
Cyberpunk 2 está oficialmente em pré-produção, marcando um ponto crucial na trajetória da CD Projekt RED!
Depois do lançamento tumultuado de Cyberpunk 2077, seguido de um processo de reabilitação parcial com a expansão Phantom Liberty, muitos esperavam que o estúdio polonês focasse exclusivamente em The Witcher 4 para restaurar sua reputação.
Mas, a escolha de avançar com uma sequência direta revela uma ambição maior, transformando Cyberpunk em uma franquia de prestígio, capaz não apenas de sobreviver ao seu passado, mas de redefinir o legado do estúdio.
A promessa desta nova fase é sustentada pela decisão de migrar para a Unreal Engine 5, o desenvolvimento em uma nova cidade (inspirada em Chicago), e uma estrutura internacional de produção que amplia as capacidades criativas e técnicas da empresa.
O desafio, no entanto, é mais do que criar um bom jogo, a CD Projekt precisa provar ao mercado e aos jogadores que aprendeu com os erros e que está preparada para entregar, desta vez, a experiência que sempre prometeu.
O que sabemos até Agora
A CD Projekt RED confirmou que Cyberpunk 2, codinome “Project Orion”, está oficialmente em pré-produção e será desenvolvido com a Unreal Engine 5, marcando o abandono definitivo da REDengine.
Essa decisão não apenas facilita processos técnicos, mas também sinaliza uma mudança estratégica, onde o estúdio busca estabilidade, escalabilidade e qualidade visual de ponta — aspectos que foram duramente criticados no lançamento de Cyberpunk 2077.
Outro dado relevante é a ambientação, que não se passará em Night City, mas sim em uma nova metrópole, inspirada em Chicago, nos Estados Unidos. A escolha reforça o desejo de expandir o universo da franquia e introduzir novos elementos culturais, arquitetônicos e narrativos, evitando a repetição direta do cenário anterior.
Além disso, o desenvolvimento será realizado por uma equipe internacional, com lideranças baseadas nos escritórios da CD Projekt RED na Polônia, Canadá e Estados Unidos. Essa estrutura mais descentralizada e colaborativa visa evitar a sobrecarga que marcou os bastidores problemáticos de Cyberpunk 2077.
Por enquanto, não há detalhes sobre personagens ou enredo, mas os indícios apontam para uma abordagem mais coesa e estratégica, pautada por um planejamento mais sólido e menos pressionado por cronogramas comerciais agressivos — uma das principais falhas do jogo anterior.
O Legado de Cyberpunk 2077
O lançamento de Cyberpunk 2077, em dezembro de 2020, foi marcado por um dos episódios mais controversos da indústria dos games na última década. Entre promessas não cumpridas, desempenho técnico desastroso em consoles da geração passada e uma estrutura narrativa menos impactante do que o marketing sugeria, a CD Projekt RED viu sua reputação ser severamente abalada.
Esse histórico impõe um peso inevitável sobre Cyberpunk 2. Contudo, é justamente nesse cenário que a sequência encontra sua maior oportunidade de servir como uma redenção técnica e criativa.
A expansão Phantom Liberty foi um primeiro passo importante, mostrando que o estúdio é capaz de ajustar rumos e entregar conteúdos de qualidade, mesmo após um lançamento problemático. O bom acolhimento dessa expansão sinalizou uma mudança na abordagem da empresa, mais centrada em ouvir a comunidade, ajustar expectativas e priorizar a estabilidade do produto final.
Agora, com a migração para a Unreal Engine 5, a descentralização das equipes e um planejamento mais cauteloso, a CD Projekt RED demonstra que absorveu lições valiosas sobre gestão de projetos, transparência e comunicação com o público.
Ainda assim, estamos ansiosos para saber se essas mudanças são suficientes para restaurar a confiança dos jogadores e da indústria. Cyberpunk 2 carrega não apenas o peso de sua própria ambição, mas também a necessidade de provar que o estúdio não repetirá os erros do passado.
O que esperar dessa Sequência
Com Cyberpunk 2, a CD Projekt RED sinaliza uma ambição renovada, mas desta vez acompanhada de uma abordagem mais cautelosa e estratégica. A adoção da Unreal Engine 5 é, talvez, a mudança mais significativa, pois a engine é amplamente reconhecida por seu potencial gráfico e ferramentas robustas que podem acelerar o desenvolvimento e minimizar riscos técnicos — um aspecto crucial após os problemas de Cyberpunk 2077.
Em termos de ambientação, a escolha de uma nova cidade inspirada em Chicago sugere uma mudança no tom e na estética do jogo. Ao se afastar de Night City, o estúdio ganha liberdade criativa para explorar novas dinâmicas sociais, políticas e culturais dentro do universo cyberpunk, ampliando o escopo narrativo da franquia.
Espera-se também que a estrutura internacional da produção impacte diretamente na qualidade final. Com times distribuídos e lideranças compartilhadas entre Polônia, Canadá e Estados Unidos, a CD Projekt RED busca evitar a centralização excessiva que contribuiu para falhas de gerenciamento no passado.
Embora ainda não haja detalhes sobre o enredo, personagens ou data de lançamento, a expectativa é que a narrativa mantenha o foco na crítica social e na exploração das implicações éticas da tecnologia, características que definem o gênero cyberpunk.
Ao mesmo tempo, há espaço para uma maior ênfase em escolhas do jogador, sistemas de RPG mais profundos e um mundo aberto ainda mais reativo — aspectos frequentemente citados como potenciais não plenamente realizados no primeiro jogo.
Por fim, o contexto mercadológico atual também é um fator determinante, ao evidenciar uma indústria mais atenta à qualidade dos lançamentos e à proteção contra ciclos de desenvolvimento tóxicos. Aceitando os desafios que ainda estão por vir, Cyberpunk 2 terá que se provar não apenas como um produto de entretenimento, mas também como um símbolo da maturidade e renovação da própria CD Projekt RED.
A Redenção Definitiva
Cyberpunk 2 não é apenas mais um lançamento no pipeline da CD Projekt RED, é, sobretudo, uma declaração de intenções. A decisão de transformar a série em uma franquia contínua demonstra uma visão de longo prazo, apostando na capacidade do estúdio de reescrever sua própria história após um dos lançamentos mais controversos da indústria.
O uso de novas tecnologias, a mudança de cenário e a reestruturação interna indicam que as lições foram, ao menos em partes, assimiladas. Ainda assim, permanece uma incerteza, se esses elementos serão suficientes para transformar Cyberpunk em sinônimo de qualidade e inovação, e não apenas de ambição mal executada.
Para os fãs e para o mercado, Cyberpunk 2 representa mais do que uma sequência — é uma segunda chance para a CD Projekt RED demonstrar que pode, sim, entregar a experiência futurista, densa e imersiva que sempre prometeu. O mundo estará assistindo, mais uma vez, com expectativas altas, ou nem tanto, e memórias ainda frescas.
Nosso Ponto de Vista
Em um cenário onde a credibilidade pesa tanto quanto a inovação, Cyberpunk 2 surge como uma oportunidade singular para a CD Projekt RED consolidar sua posição no mercado e, ao mesmo tempo, redimir-se perante os jogadores e a indústria.
O sucesso desta empreitada dependerá não apenas de aspectos técnicos, mas principalmente da capacidade do estúdio em cultivar confiança, gerir expectativas e transformar aprendizado em excelência criativa.
Você acredita que a CD Projekt RED conseguirá, desta vez, entregar a experiência definitiva que todos esperam ou Cyberpunk 2 será mais uma promessa grandiosa fadada a repetir os erros do passado?
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- Pré-Produção
- 29 de maio de 2025